segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Essência e o Ego...

Quando alguma situação desesperadora - ou de extremo significado ocorre em nossas vidas - é que percebemos, nos damos conta, de que possuímos uma parte espiritual, ou seja, que somos filhos disto que chamam “Deus”.

Nestes precisos momentos é que nos colocamos, com toda nossa fé, em contato com esta magnífica força. Apenas quem já viveu, já experimentou estas situações, o sabe. 

Logo, nossa parte sublime e espiritual está alheia a toda classe de intelectualismos, dúvidas, questionamentos, provas, contestações, etc.É nossa parte divina nos permite a vida e esta deve então ser vivida em sua totalidade. 


A este reflexo de Deus que possuímos em nosso interior denominamos Essência. Ao analisarmos o significado das palavras, se prestarmos a devida atenção, muito aprenderemos. Aquilo que é mais o importante em alguma coisa, aquilo que não pode faltar jamais, aquilo que é indispensável, denominamos Essencial... 

Fica claro que a palavra Essencial deriva da palavra Essência. Muito óbvio então que o importante, o indispensável, é cultivar nossa parte espiritual, ou seja, este reflexo de Deus em nós.

Na Idade Média surgiram pessoas que eram capazes de transformar o chumbo em ouro. Este metal muito valioso sempre foi apreciado pelas antigas culturas, em todos os continentes... Podemos evidenciar isso através da Mitologia: A busca pelo Velocino de Ouro, o Pote de ouro atrás do Arco Íris, a Arca da Aliança – feita de puro ouro.

A busca pelo ouro sempre ocorreu e sempre ocorrerá em nossa história, basta lembrarmos da extração do ouro na América do Sul, com a colonização espanhola, que via as tribos indígenas aqui presentes como uma forma de lucro fácil; a corrida pelo ouro nos Estados Unidos da América; a extração do ouro no Brasil, em Minas Gerais, e muito recentemente a extração aurífera em Serra Pelada, no Pará.

Se analisarmos a partir do contexto sócio-econômico, perceberemos que a busca e aquisição deste metal precioso acarreta crescimento econômico e social. Assim aconteceu com a colonização luso-espanhola em praticamente todo continente Sul Americano, com a expansão a Oeste nos Estados Unidos,  com o impulso econômico na região Central do Brasil na época da monarquia e com o recente desenvolvimento da região Norte do Brasil.

Utilizando então a lei das analogias filosóficas, ou seja, aquela máxima que diz que “o que está em cima é igual ao que está embaixo”, certamente a procura pelo nosso ouro interior - nossa parte divina - também nos trará crescimento, prosperidade, expansão.

Devemos analisar o modus operandi da natureza para que possamos aprender com ela. Como é extraído ouro da natureza? 

Primeiramente, ele é retirado de dentro do solo. Não o encontramos livre, solto, mas aprisionado dentro do cascalho, o qual é preciso garimpar. O cascalho é adquirido do interior da terra, após muito sacrifício, procura e esforço.

Se nossas maiores riquezas naturais como o ouro, o petróleo e as pedras preciosas estão sempre dentro da terra, nossos tesouros espirituais também devem ser sempre procurados dentro de nós mesmos. Jamais fora.

Assim como o ouro na natureza, nossas virtudes também estarão dentro, aprisionadas. A este cárcere de nossa Essência (virtudes) denominamos Ego, que nada mais é que a personificação de nossos erros, defeitos, debilidades, medos, preconceitos, barreiras...

Como o ouro está dentro do cascalho, sabemos que encontrando o cascalho possuiremos a oportunidade de encontrar o ouro. Assim deve ocorrer em nosso interior, devemos procurar nossos cascalhos, ou seja, nossos defeitos. Devemos observá-los, estudá-los, para que um dia liberemos nossa valiosa Essência.

Após garimparmos o cascalho, é necessário aplicar uma força superior, externa, que irá fazer com que o ouro seja liberado. Em nós igualmente devemos proceder, pedindo para que nossa força de tipo superior, nossa energia sutil, de tipo sexual, nossa chamada Divina Mãe Particular, a Divina Mãe Kundalini, extermine nossos defeitos.

Quando cometemos um equívoco qualquer, este reflete apenas nossa falta de Consciência sobre determinado assunto.

Apenas possuímos defeitos por ainda não compreendermos o mal que estes fazem aos nossos semelhantes – e o pior – o prejuízo que causa a nós mesmos. 

O "Eu", ego, mim mesmo, ou seja, nossos defeitos, são frutos de nossa ignorância sobre nossa existência, sobre as leis que regem o cosmos, síntese da inconsciência em nossas vidas...

Jamais devemos nos reprimir ou nos culpar por nossos erros. Também tampouco devemos justificá-los. O que necessitamos é uma Compreensão profunda sobre estes assuntos. Devemos compreender que nossas ações apenas refletem o estado de nossa Consciência. 

Urgentemente devemos compreender que somos o que somos e estamos onde estamos devido à nossas escolhas, nesta e em passadas existências, e que a cada momento possuímos uma nova oportunidade de escolha. Somos os únicos responsáveis por elas e todo momento é um aprendizado.

Toda culpa e todo remorso ficam sem sentido. Como culpar ou cobrar algo de alguém que ainda não compreende determinada questão? Não devemos pedir mais do que nossos semelhantes podem dar...


Saiba mais:
Donwload - Tratado de Psicologia Revolucionária (Samael Aun Weor)

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